Os Líderes Nacionais precisam da Bitcoin

Os Líderes Nacionais precisam da Bitcoin

30/09/25Por Tomás MamedeTempo de leitura: 5 minutos

O mundo está a sofrer uma transformação tecnológica sem precedentes. Transformação essa que os líderes políticos nacionais não se podem dar ao luxo de ignorar. A Bitcoin é uma parte significativa dessa transformação e representa uma mudança de paradigma em três grandes domínios que se encontram interligados entre si: soberania nacional e competitividade, organização estratégica e direitos monetários.

Deste modo, a Bitcoin já não é apenas uma experiência e os desenvolvimentos no palco global estão a ocorrer rapidamente. Os Estados Unidos da América estão a executar a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin, os BRICS estão a explorar o potencial da Bitcoin e de outras alternativas monetárias de forma a escaparem à dependência no dólar americano e existem já países, como El Salvador, que tornaram Bitcoin moeda de curso legal.

Para Portugal, estas mudanças representam tanto desafios como oportunidades. Grandes instituições financeiras estão a desenvolver serviços de custódia de Bitcoin e outros produtos financeiros suportados por Bitcoin. Empresas do setor energético estão a explorar a mineração de Bitcoin como uma forma de estabilizar a rede elétrica e reduzir as emissões de metano. E organizações sem fins-lucrativos estão a usar a Bitcoin para aumentar a inclusão financeira de centenas de milhões de pessoas sem acesso a serviços bancários básicos. Os países que não perceberem e ignorarem a mudança de paradigma em curso, arriscam-se a ficar para trás e a perder vantagem competitiva.

A Bitcoin é o primeiro sistema monetário global verdadeiramente descentralizado e que é capaz de operar independentemente de qualquer governo ou empresa. Em países onde os cidadãos enfrentam controlos de capital, hiperinflação ou regimes autoritários, a Bitcoin oferece liberdade de transacionar e soberania financeira. Até em democracias estáveis o aumento da dívida pública e a inflação estão a fazer com que os cidadãos questionem a política monetária tradicional e procurem ativos como a Bitcoin para preservar o seu poder de compra. Por tudo isto, os líderes políticos portugueses devem aumentar a sua compreensão da Bitcoin e das suas implicações.

A Bitcoin situa-se na interseção de várias disciplinas, nomeadamente, tecnologia, economia, energia, política e direitos humanos. Para compreender a Bitcoin é necessário domínio sobre estes temas. No entanto, este domínio e conhecimento não é algo que as instituições públicas possuam internamente.

O Instituto Português de Bitcoin foi criado para colmatar esta falta de conhecimento e educar decisores políticos, especialistas nas suas respectivas áreas, mas que não dispõem do tempo nem da predisposição para estudar Bitcoin profundamente, de forma a tomarem decisões políticas e regulamentares informadas.

Deste modo, o Instituto Português de Bitcoin propõe-se a desenvolver e publicar investigação fidedigna, baseada em factos e evidências e que vá para além do ruído. Desta forma, pretendemos expandir a literacia e o conhecimento de Bitcoin na classe política nacional. O futuro da soberania monetária portuguesa, da sua estratégia energética e competitividade económica depende da forma como Portugal e os seus líderes políticos encaram a Bitcoin e tiram partido desta tecnologia disruptiva.

O Instituto Português de Bitcoin estará presente para ajudar os nosso líderes políticos a liderar o caminho.